JAMES ENSOR (Pintor) (1860-1949) Ensor foi um dos mestres mais reconhecidos da vanguarda belga. Suas obras tiveram uma importância fundamental para o desenvolvimento da corrente expressionista, cujos representantes viram em seus quadros, de conteúdo onírico e estética grotesca, o ponto de partida para uma arte mais subjetiva e menos representativa. Ensor começou seus estudos na escola de arte da cidade de Ostende, onde nasceu. Em 1877 mudou-se para Bruxelas e se inscreveu como aluno na academia de arte. De volta a sua cidade natal, começou a pintar uma série de retratos, paisagens e quadros religiosos, deformando linhas e formas. Nomeado membro da associação de Bruxelas Les Vingt (Os Vinte), publicou seus escritos Três Semanas na Academia, zombando dela. A partir de então participou de todas as exposições do grupo. Fez depois uma viagem a Londres e, maravilhado com a luminosidade das obras de Turner, iniciou uma fase em que seus quadros poderiam ser incluídos dentro da corrente impressionista. É dessa época uma de suas obras-primas, Entrada de Cristo em Bruxelas. Sua primeira exposição independente foi realizada em Bruxelas em 1896, e pouco depois ele fundou a Libre Académie de Belgique. Na sua maturidade criativa, Ensor retomou o tema das máscaras e bonecos. Em 1927 a casa real concedeu-lhe um título de nobreza. A obra deste mestre belga maravilha pela sua ambigüidade. A magia e o brilho de seus quadros não representam nada mais que o sentimento patético e a desesperança do gênero humano. Foi assim também que o entenderam os expressionistas, convencidos de que as máscaras de Ensor nada mais eram do que rostos humanos verdadeiros.